ONG aponta regresso do Brasil no combate à corrupção na última década, após queda de 25 posições do país no ranking mundial.
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Desde 1995, a ONG Transparência Internacional publica relatórios anuais que mostram o Índice de Percepção da Corrupção, onde avalia 180 países e territórios, aplicando notas de 0 à 100, listando os países em ranking, de acordo com a percepção de corrupção envolvendo funcionários públicos e políticos.
Nesta terça-feira, 31, a ONG divulgou uma lista que demonstra a queda em 25 posições que o Brasil foi submetido, a partir de políticas adotadas, principalmente, pelo governo Bolsonaro, de acordo com a ONG.
O IPC destaca, além do “grau” percebido de corrupção nos países e territórios, a influência da violência e dos conflitos armados como alimento para a corrupção, e a corrupção como alimento para conflitos armados, possibilitando a ausência de paz, e assim, enfraquecendo o Estado, o impossibilitando de proteger os cidadãos e fomentando uma espécie de “efeito dominó” ou mesmo um “círculo vicioso”, que propicia o avanço contínuo da corrupção.
“A corrupção leva à impunidade e corrói a legitimidade do Estado. Além disso, ela também afeta a operação das forças policiais, dos tribunais e do sistema penitenciário, o que enfraquece o Estado de Direito e o princípio básico da igualdade perante a lei” – Afirma a Organização, em relatório publicado nesta Terça.
A organização informa que o Brasil, nos últimos dois anos, permaneceu com os mesmos 38 pontos no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), o que aponta para uma notória regressão na última década, resultando numa queda de 25 posições no índice avaliativo, com pontuação semelhante a países como Marrocos, Tanzânia, Etiópia e Argentina.
“Entre 2012 e 2022, o Brasil perdeu 5 pontos no Índice de Percepção da Corrupção e caiu 25 posições, saindo da 69ª para a 94ª colocação. Os 38 pontos alcançados pelo país em 2022 representam um desempenho ruim e o coloca abaixo da média global (43 pontos), da média regional para América Latina e Caribe (43 pontos), da média dos BRICS (39 pontos) e ainda mais distante da média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos)” – Divulgou a ONG.
FONTE: https://transparenciainternacional.org.br/